Estudos relacionados ao desenvolvimento motor não apresentavam grande expressão na área da Educação Física até a década de 70, no entanto, o aumento no volume e na qualidade das pesquisas durante a década de 80 e 90 fez do desenvolvimento motor uma área legítima de pesquisa científica, com grande destaque internacional nos dias atuais (GALLAHUE e OZMUN, 2005).
O objetivo central dos estudiosos da área de desenvolvimento motor é entender como os seres humanos desenvolvem suas habilidades motoras, analisando o impacto da maturação infantil e das experiências ambientais na aquisição e no aumento da complexidade dos movimentos realizados (ISAYAMA e GALLARDO, 1998).
Nesse contexto, a infância é entendida como um período de grande importância para o desenvolvimento motor, sobretudo porque é nesta fase que ocorrem o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais que servem de base para o desenvolvimento das habilidades motoras especializadas que o indivíduo utilizará nas suas atividades cotidianas, de lazer ou esportivas (GALLAHUE, 2005).
Devido à grande popularidade do esporte em todo país, muitas crianças têm procurado a prática esportiva em idades cada vez mais precoces, sobretudo em modalidades esportivas amplamente divulgadas na mídia e com forte impacto cultural, como é o caso do futebol. Embora a iniciação esportiva possa proporcionar vivências positivas para o desenvolvimento motor da criança, sabe-se que a especialização precoce também pode trazer diversas complicações para o desenvolvimento infantil (FERRAZ, 2009).
Sendo assim, diante da importância da infância para o desenvolvimento motor e das possibilidades de intervenção do profissional de Educação Física nessa fase, o presente estudo teve como objetivo analisar por meio de uma pesquisa bibliográfica, o desenvolvimento motor da criança e o papel da iniciação esportiva durante a infância, dando destaque para a prática da modalidade esportiva futebol.
1. Princípio da inclusão
Os conteúdos e estratégias escolhidos devem sempre propiciar a inclusão de todos os alunos.
2. Princípio da diversidade
A escolha dos conteúdos deve, tanto quanto possível, incidir sobre a totalidade da cultura corporal de movimento, incluindo jogos, esporte, atividades rítmicas/expressivas e dança, lutas/artes marciais, ginásticas e práticas de aptidão física, com suas variações e combinações.
3. Princípio da complexidade
Os conteúdos devem adquirir complexidade crescente com o decorrer das séries, tanto do ponto de vista estritamente motor (habilidades básicas à combinação de habilidades, habilidades especializadas, etc.) como cognitivo (da simples informação à capacidade de análise, de crítica, etc.).

4. Princípio da adequação ao aluno
Em todas as fases do processo de ensino deve-se levar em conta as características, capacidades e interesses do aluno, nas perspectivas motora, afetiva, social e cognitiva.